domingo, 24 de agosto de 2008

Capricciosa Capri


Você pode se sentir rico em vários lugares do mundo. Mas pra se sentir exclusivo, vá a Capri. Ou melhor: durma em Capri. Durante o dia, a ilha é de todos. Milhares de turistas lotam os ferry boats só pra tentar a sorte na Gruta Azul (se a maré e os italianos permitirem). Tomam um sorvete no porto, compram uma camiseta inflacionada e saem com a impressão de que conhecem Capri. Deixe que se sintam felizes assim pra que, ao assistir ao pôr-do-sol, esparramado na espreguiçadeira do seu hotel em Anacapri, tomando um bom espumante, você tenha a certeza de que a felicidade é um privilégio de poucos. A felicidade é exclusiva e caminha longe dos passos frenéticos da excursão. Tudo bem, não custa pouco, mas é como diz a propaganda do cartão de crédito: não tem preço. Em instantes, você percebe que Capri é mais que uma sucessão de cartões postais. É uma sucessão de sensações. Como a de alugar um barco só pra você. Fuja das hordas de turistas amontoados em barquinhos coletivos e dê a volta completa na sua ilha escolhendo onde parar e tirar uma foto. Deguste todos os ângulos. Depois, pra não perder o clima, pegue um táxi conversível e siga até o teleférico. As cadeirinhas são toscas, mas a sensação, não. Você está no topo do mundo. Você está em Capri.


Sabor: prosciutto melone à beira do penhasco.
Sonho: upgrade para a suíte júnior do Hotel Caesar Augustus.
Foto: você, um azul que não tem no Pantone e os Faraglioni.

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